Princípios que guiam nossa prática com cogumelos psilocibinos de forma responsável, ética e respeitosa
O uso de cogumelos psilocibinos em contextos rituais e espirituais tem crescente atenção devido ao seu potencial transformador. No entanto, a profundidade e intensidade das experiências exigem uma abordagem ética rigorosa e um compromisso inabalável com a segurança e o bem-estar dos participantes.
Este guia estabelece as melhores práticas e princípios éticos que norteiam nossos cerimoniais, visando oferecer um arcabouço para a condução responsável e consciente de rituais com cogumelos sagrados.
Garantindo a segurança do participante
Antes de qualquer envolvimento em um cerimonial, é crucial que o participante passe por uma avaliação de saúde abrangente. Esta avaliação visa identificar condições que possam representar risco durante ou após a experiência, incluindo:
O consentimento informado é um pilar ético inegociável. O participante deve receber informações completas, claras e transparentes sobre:
A preparação psicológica e emocional é vital. Os participantes devem ser orientados sobre a importância do set (estado mental) e setting (ambiente) para a qualidade da experiência:
É crucial que os indivíduos sejam capazes de discernir e evitar situações que possam representar riscos à sua segurança e integridade. Sinais de alerta incluem:
Não banalizar o tema. Manter visual sóbrio e respeitoso em todas as comunicações e práticas.
Linguagem clara e acessível, sem jargões. Explicitar riscos de forma honesta e transparente.
Dados sensíveis requerem máxima proteção. Conformidade com LGPD e respeito absoluto ao sigilo.
Usuário deve ter controle total sobre suas informações e decisões. Consentimento sempre renovável.
Explicar claramente o propósito de cada pergunta, prática e decisão tomada pela comunidade.
Interface e práticas acolhedoras, sem moralismo ou estigmatização de condições de saúde ou escolhas pessoais.
O renascimento psicodélico ocidental tem suas raízes em conhecimentos e práticas ancestrais de povos indígenas. É imperativo que nossa prática seja guiada por princípios de justiça, equidade e respeito aos saberes de origem.
Princípios essenciais: